Niilismo: O que é, Como Surgiu e Suas Consequências

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Niilismo é uma filosofia que nega a existência de qualquer sentido, valor ou verdade na vida. Assim, convida-se a explorar mais sobre essa corrente, sua origem e seus efeitos neste artigo.

O que é niilismo?

Originado do latim nihil, que significa “nada”, o niilismo é uma filosofia que afirma a inexistência concreta de tudo. Nesse contexto, propõe que tudo é ilusão, vazio e destituído de sentido. Ademais, o niilismo, de maneira enfática, rejeita qualquer fundamento, norma ou critério que possa conferir significado ou valor à vida humana. Aliás, na visão do niilista, torna-se evidente que não há Deus, moral, lei, ciência, arte ou história que possam justificar a existência.

Como surgiu o niilismo?

No século XIX, o niilismo emergiu como uma resposta ao racionalismo, ao idealismo e ao positivismo. Enquanto essas correntes buscavam explicar a realidade por meio da razão, da metafísica e da ciência, o niilismo questionou e desafiou tais abordagens.

Essa doutrina filosófica, por sua vez, questionou essas formas de conhecimento, destacando sua relatividade, contradições e insuficiências. Além disso, influenciado pelo pessimismo, existencialismo e ceticismo, o niilismo também contestou a viabilidade de alcançar a verdade, a felicidade e a certeza.

Quais são os tipos de niilismo?

Existem vários tipos de niilismo, que se diferenciam pelo seu objeto, grau e atitude. Alguns dos tipos mais comuns são, ademais:

No âmbito ontológico, questiona-se a existência de qualquer realidade, substância ou essência.

Na esfera epistemológica, coloca-se em dúvida a possibilidade de se conhecer a verdade, a razão ou a objetividade.

Do ponto de vista moral, contesta-se a presença de qualquer valor, bem ou mal, certo ou errado.

Na dimensão existencial, questiona-se a existência de qualquer sentido, propósito ou finalidade na vida.

No contexto político, refuta-se a existência de qualquer autoridade, lei ou ordem social.

Quais são os principais filósofos niilistas?

Muitos filósofos abordaram o tema do niilismo, de forma direta ou indireta, positiva ou negativa. Alguns dos principais filósofos niilistas foram, contudo:

Friedrich Nietzsche: foi o primeiro a usar o termo niilismo, e o considerou como um fenômeno histórico, cultural e psicológico, que resultava da morte de Deus, da decadência dos valores e da crise da modernidade. Ele propôs a superação do niilismo por meio da criação de novos valores, do eterno retorno e do super-homem.

Martin Heidegger: foi um dos principais expoentes do existencialismo, e analisou o niilismo como a consequência da metafísica ocidental, que esqueceu o sentido do ser. Ele propôs a superação do niilismo por meio da destruição da metafísica, da abertura ao ser e do pensamento poético.

Albert Camus: foi um dos principais representantes do absurdismo, e definiu o niilismo como a constatação do absurdo da existência, que resultava da incompatibilidade entre o desejo humano de sentido e a indiferença do mundo. Ele propôs a superação do niilismo por meio da revolta, da liberdade e da solidariedade.

Quais são as consequências do niilismo?

Essa doutrina filosófica pode ter consequências positivas ou negativas, dependendo da forma como é vivenciado e interpretado. Algumas das consequências do niilismo são:

Liberdade: Questionando imposições e dogmas, esse pensamento possibilita a liberdade ao indivíduo, permitindo-lhe criar seu próprio sentido e valor, sem limitações externas.

Responsabilidade: Dentro dessa perspectiva, destaca-se a responsabilidade individual por escolhas, ações e consequências, sem refúgio em autoridades, desculpas ou fatalidades.

Criatividade: Sob a influência desse enfoque, o estímulo à inventividade leva o indivíduo a criar novas formas de expressão, conhecimento e existência, independentemente de modelos convencionais.

Desespero: Contudo, esse mesmo questionamento pode gerar um sentimento de vazio, angústia e falta de sentido, potencialmente levando à depressão, suicídio ou violência.

Indiferença: O niilismo pode resultar em indiferença, causando a perda de interesse, motivação e compromisso com a vida, levando ao isolamento, cinismo ou apatia.

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