Na última edição do UFC 303 surgiu uma polêmica muito engraçada: Jiri Prochazka acusou Alex Pereira de usar magia ancestral em suas lutas. Até Jon Jones indiretamente afirmou essa acusação, dizendo que, em lutas passadas, enfrentou oponentes possuídos por energias malignas.
A zoeira foi ainda maior nos comentários. Um internauta disse que essa energia maligna, na verdade, é efeito de LSD e cocaína que os lutadores apelam.
Índio vs Samurai
Os atletas Alex Pereira e Jiri Prochazka foram apelidados de índio e samurai, respectivamente, pela filosofia e estilo de vida que ambos aparentam.
Tanto no UFC 295 quanto no 303, o brasileiro derrotou o tcheco por nocaute. Mas o marketing feito pelo combate foi muito bom e rendeu muita euforia para o público.
No futuro, poderia ser fechada a trilogia entre eles, igual ao Israel Adesanya e Poatan, que ainda está pendente.
Por falar em Adesanya, acho que todas as noites esse cara deve dormir pensando no índio, pelo fato de que ganhou dele com um contragolpe de sorte.
Se você for no seu X, vai ver uma frase assim: “O caçador se tornou a presa”, em homenagem a Poatan. Seu amor pelo índio é lindo.
Alex Pereira usa magia em suas lutas?
A única magia que ele usa se chama “treino”, apenas isso. Embora ele tenha relações com alguma tribo indígena, isso não quer dizer que ele ganhe poderes espirituais para vencer seus oponentes. Se fosse assim, eu e qualquer outra pessoa iríamos buscar ajuda espiritual para vencer nossos problemas na vida.
Agora vou entrar em contradição.
Talvez ele tenha alguma ajuda espiritual, sim. Eu já participei de um ritual xamânico e vivenciei experiências fora da realidade.
Quando participei da cerimônia do cogumelo, o mestre xamã fez toda uma entrada e encerramento da cerimônia, invocou deuses que o ajudaram a conduzir aquela dádiva e a ajudar nas necessidades dos presentes.
Embora eu seja cético, a brisa após tomar o chá do cogumelo foi tão forte que vi um mundo retorcido, as plantas comunicarem-se comigo e as cores dos objetos trocarem-se (as folhas tinham cor cinza).
O ritual foi envolto de uma fogueira, e o som de fundo era de música ancestral. Chegou um momento em que eu queria dançar em volta da fogueira, como se não fosse mais eu, mas sim alguma entidade que estava lá.
Ainda vivenciei um fenômeno de sinestesia: eu conseguia ver os cheiros presentes no local. Eu vi o cheiro do incenso e do cigarro da paz.
Agora eu concordo com Jiri Prochazka: Poatan deve pedir ajuda a algum mestre xamã para ter contato com entidades que foram guerreiros de combate quando estavam vivos.